A escola da criminalidade está formando adeptos cada vez mais cedo. Esta realidade também é presente na região de Presidente Prudente. Informações do 18o Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I) apontam que o número de adolescentes envolvidos com o crime vai superar o de adultos até dezembro neste ano. O órgão apresentou números, de janeiro a setembro de 2011, que revelam que 497 menores foram apreendidos contra 501 adultos presos em flagrante.
A notícia veiculada na edição de ontem retrata um triste cenário para a juventude regional. Isso porque a polícia aponta que a maior parte dos delitos é motivada pelo uso de drogas. Os menores roubam, assaltam ou se expõem em práticas criminosas para conseguir dinheiro para bancar seu vício. Diante desta situação é necessário que a família, que é a base de construção de uma sociedade, se desperte para socorrer a juventude, que pede por socorro. Alguns pais são taxados com “repressores” e até mesmo “chatos”, por cobrar obediências de sua prole, como também regrar horários das baladas, saber com quem seus filhos estreitam amizades, entre outras indagações que para os mais novos sejam controlados de suas condutas.
Outros, por terem tipo experiência de repressão dentro de casa, têm aberto a porta de suas residências a pessoas desconhecidas, chamadas por seus filhos de “amigos”, mas que estão fazendo, em algumas vezes, papel de sabotadores de família. Quantos jovens alegam terem sido apresentados ao crime e até mesmo às drogas pelas mãos de “amigos”. Por conta disso, toda atenção dos pais é necessária.
Também vale destacar que a atuação do poder público em ações voltadas para o jovem é primordial. A Prefeitura de Presidente Prudente recentemente organizou uma assessoria exclusiva para a juventude. Uma ação positiva que pode ser seguida como exemplo por outros municípios da região, tendo em vista que o envolvimento de menores no crime está presente não só em Prudente, mas nas pequenas cidades.
Como diz um ditado popular que o “ócio é a oficina do diabo”, estes meninos e meninas precisam do que fazer para ocupar seu tempo. Concomitantemente, é indispensável investir nos menores, os dos ensinos infantil e fundamental, para garantir a construção de cidadãos de bem. Ao adolescente, necessita responder por seus atos diante da Justiça, bem como carece de oportunidade de emprego, estudo e lazer para seu desenvolvimento. A sociedade não pode se esquivar desta realidade.
Fonte: Editorial - Jornal O Imparcial (15/10/2011)
Nenhum comentário:
Postar um comentário